domingo, 2 de outubro de 2011

Obras Primas do Zeppelin II

Houses of The Holy - 1973
Após todo o sucesso que consegui atingir no IV, a banda continuou inovando no seu quinto álbum. O que marca consideravelmente esse disco é a mudança no estilo do som do Led, onde os riffs de guitarra tornaram-se mais trabalhosos. Com um disco mais eclético e um título mais completo. Logo na abertura, “The Song Remains The Same” é totalmente diferente do que tudo que o Zepp já tinha feito anteriormente, uma música que consegue ser linda e pesada ao mesmo tempo. “The Rain Song” é uma faixa longa, que acalma os ânimos e mostra o lado romântico da banda, que pra mim é uma das mais belas canções do Led. A seguir, temos “Over The Hills And Far Away” e seu rock/folk, que veio de um riff que o Jimmy tinha feito antes do Led começar, e se chamava “White Summer”. “The Crunge” que talvez seja uma das menos conhecidas do Led possui uma pegada mais animada e dançante, que permance na mesma linha de “Dancing Days”. Uma das inovações do disco podemos notar em “D'yer Mak'er”, que mostra a influência do reggae na banda. Já “No Quarter” que é uma obra principalmente de John Paul Jones, que compôs, arranjou e comandou ela, com seu teclado que combinou muito bem com a voz de Plant. Com um riff poderoso, “The Ocean” segue esta, dedicada ao oceano de fãs que assistiam aos shows da banda, terminando assim o disco que conseguiu juntar diversas influências, sendo um dos mais marcantes da banda.

Physical Graffiti - 1975
Dois anos depois do lançamento de Houses of the Holy, é lançado em 24 de fevereiro de 1975, o maravilhoso disco Physical Graffiti. O edifício mostrado na capa fica em St. Mark’s Place, em New York. Destaque para as faixas: “Custard Pie” com seu riff forte e intenso que abrem o disco, seguida de “The Rover” música que fala sobre a vida de um sujeito que andava por Londres, indo para a épica “In My Time Of Dying” que possui uma das letras mais complexas de Plant. “Houses Of The Holy” (que foi deixada para esse álbum, já que no anterior a preferência foi dada para “The Song Remains The Same”.) e “Trampled Underfoot” (uma das favoritas de Plant) acrescentam o peso e velho rock ‘n’ roll que todo disco deve ter. E consideravelmente, o maior destaque, vai para “Kashmir”, uma das canções mais emblemáticas da banda. O título original era Driving to Kashmir, e toda a letra foi escrita por Plant, em 1973, enquanto se encontrava no deserto do Saara. Ela é uma das poucas músicas que foram usados outros músicos (uma orquestra de instrumentos de corda acompanharam a guitarra de Page). Esta também é uma das canções preferidas de Plant, que diz que ela é a canção definitiva do Led. O disco ainda possui mais 9 faixas, totalizando 15.

Presence – 1976
Em 1975, Plant e sua esposa sofreram um acidente de carro na Grécia. Plant quebrou o tornozelo tendo que ficar na cadeira de rodas por um bom tempo. Já Page estava lidando com o vício na heroína, e também estava cada vez mais ligado ao ocultismo, enquanto Bonzo estava em níveis altíssimos de alcoolismo. Sendo assim, a banda faz uma pausa nas turnês, e começa a gravar um novo disco: Presence, que foi lançado em 31 de março de 1976. A maior parte do álbum é composta por Plant e Page, pelo fato de que a maioria das músicas foram concebidas em Malibu, onde Page se juntou a recuperação de Robert Plant. Presence não vendeu tanto quanto os demais álbuns, e também ficou subestimado, e possui um trabalho menos variado, com bem menos diversidade. Mas sem dúvidas, não é um disco nem um pouco fraco. Na sua capa existe uma espécie de obelisco, chamado de “the object”, que representa o poder do Led. A obra prima de 10 minutos, "Achilles Last Stand" abre, e o título desta canção não se refere a Aquiles, mas sim a Plant, que quando escreveu a letra, estava na cadeira de rodas, devido ao acidente. “For Your Life” com o excelente vocal de Plant e solo de extremo bom gosto de Page. “Royal Orleans” tem como destaque Bonzo seguida da obra de arte “Nobody’s Fault But Mine” que remete aos primeiros discos da banda. “Candy Store Rock” e “Hots on for Nowhere” são mais calmas, terminando com o led voltando ao blues, em “Tea For One”.


In Through The Out Door - 1979
Já recuperado do acidente, Plant estava bastante otimista, e a banda estava voltando a ser como antes, com todo o seu entusiasmo. Porém em 1977, Plant recebe a notícia que seu filho de 5 anos havia falecido. A turnê em que estavam no momento foi cancelada, e começaram boatos de que a banda ia se separar. Um ano depois, com Robert se recuperando do trauma, o Led tomou um novo rumo, e começou a gravar seu oitavo álbum, em novembro de 1978, que seria lançado em agosto de 1979. Uma curiosidade sobre este álbum é que foram lançadas 6 capas diferentes. Quem teve o maior mérito em ter a banda viva foi Jones com seus teclados e sintetizadores, enquanto Robert não tinha mais a voz de antes, e Page e Bonzo não estavam tão brilhantes. Em “In the Evenig” com o teclado e a guitarra a banda cria o clima de rock de sempre. Após “South Bound Saurez” temos “Fool In The Rain”, bastante inovadora, com direito a uma espécie de samba no meio e no final. Seguindo com “Hot Dog”, “Carouselembra”, chegando a “All My Love” repleta de emoção, escrita em homenagem ao filho de Plant. Voltando com a última faixa, “I’m Gonna Crawl” e seu blues. Este é o ultimo álbum do Led Zeppelin, já que em 25 de setembro de 1980, o eterno Bonzo é encontrado morto, e ninguém mais poderia substituí-lo.

Coda – 1982 
Em 19 de novembro de 1982, é lançado um álbum com músicas sobras de estúdio, e algumas inéditas, em homenagem a Bonham, possui 12 faixas: "We're Gonna Groove" , "Poor Tom", "I Can't Quit You Baby", "Walter's Walk", "Ozone Baby", "Darlene", "Bonzo's Montreux", "Wearing and Tearing" , “Baby Come On Home", "Travelling Riverside Blues", "White Summer/Black Mountain Side" e "Hey Hey What Can I Do" .


Muitas bandas foram influenciadas pelo Led Zeppelin, mas nenhuma conseguiu chegar perto da sua revelância. Com Robert Plant e sua voz potente, uma das mais admiradas do rock, que alternava entre emotiva e animalesca. Com o mestre Jimmy Page, um dos guitarristas mais excepcionais, que será glorificado por muito tempo ainda, um gênio da guitarra. Com um discreto John Paul Jones, que era um brilhante baixista, e John Bonham, que revolucionou a forma de tocar bateria, sendo um baterista de mão cheia. Este é o Led Zeppelin, uma banda de outro mundo, de tão única que era, sendo insubstituível e eterna. 

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