quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Obras Primas do Zeppelin



Nesse primeiro post, irei falar um pouco de cada disco do Led Zeppelin, da banda que trouxe inúmeras influências, e que apesar de ter tido pouco tempo de carreira, o que o quarteto fez na música é realmente assustador de certa forma. Aqui estão as obras primas do Zeppelin, os pilares do rock, discos que todo bom ouvinte de rock 'n' roll deve ouvir.



Led Zeppelin I – 1969
Este é o começo de tudo. Uma das maiores preciosidades do rock, considerado na época, um dos discos mais pesados até então. Em 1968, o Zeppelin finalmente é contratado por uma grande gravadora, a Atlantic. E produz o seu primeiro álbum, o Led Zeppelin I, começando assim a inscrever seu nome na galeria dos mitos do rock. Gravado nos estúdios Olympic, foi lançado em janeiro de 1969, tendo sido gravado em apenas 36 horas. Apesar de não ser bem recebido pela crítica, agradou bastante o público em geral. O disco, além de ser uma obra prima e trazer grande impacto, mudou e iniciou uma nova era no rock. “Good Times, Bad Times” abre o disco de 9 faixas, logo mostrando o porquê do Led Zeppelin se tornar uma das melhores bandas do mundo, seguida de “Babe I´m Gonna Leave You” e “You Shook Me”. Talvez o maior destaque desse disco, seja “Dazed And Confused”, onde Jimmy Page introduz o arco de violino em sua guitarra. “Your Time Is Gonna Come” e “Black Mountain Song” quebram um pouco o ritmo, mas que volta potente com “Communication Breakdown” com os riffs pesados e rápidos de Page (canção que o Iron Maiden faria cover),  e "I Can't Quit You Baby" , finalizando com “How Many More Times”. Levando assim, o rock para outro nível.


Led Zeppelin II – 1969
Já no mesmo ano, o quarteto lança seu segundo disco, desenvolvendo as idéias mostradas no primeiro, sendo bem mais aclamado e influente que o antecessor. Teve a sua maioria de faixas sido compostas em quartos de hotéis, pois a banda estava em turnê. Um traballho mais "heavy", onde mostra uma fase mais pesada de Page, principalmente na distorção da guitarra. O riff “Wholle Lotta Love” que se tornaria o primeiro hit da banda abre o disco, mostrando que a harmonia entre eles era impecável, seguida de “What Is And What Should Never Be” e “The Lemon Song”. Já a belíssima “Thank You”, mostra um lado desconhecido do Led, onde há um tanto de setimentalismo exposto, tendo sido a música escrita por Plant, para sua esposa Maureen. E o que falar então de “Heartbreaker”, que se tornou um dos mais destruidores e memoráveis riffs de Page? Na sequência temos “Living Loving Maid” que é seguida de “Ramble On”, música que começa com uma balada acústica e depois arrebenta no refrão. No final, temos “Moby Dick” (executada em partes sem as baquetas), onde o Sr. Bonham faz seu imortal solo de bateria. “Bring It On Home” (onde temos Plant tocando gaita) fecha com chave de ouro.


Led Zeppelin III – 1970
No seu terceiro disco, lançado em 5 outubro de 1970, a banda trouxe uma sonoridade mais acústica e centrada no folk, soando de um jeito diferente, surpreendendo os fãs e a mídia (que fez críticas negativas). Depois de 2 anos de exaustivas turnês, a banda tirou "férias" , e muitas canções desse disco foram criadas em Bron-Yr-Aur, uma casa de campo no País de Gales. Talvez o fato de o lugar ser calmo e tranquilo ao contrário dos quartos de hotéis, tenha feito essa mudança no estilo do disco. Ele apresenta um amadurecimento da música do Zeppelin, além do que, após ele, todos da banda tiveram importante participação na composição das músicas, o que antes era centrado no Jimmy. O clássico "Immigrant Song" é a primeira faixa do disco, esta, escrita por Plant, faz referências a cultura viking. Destaque para as músicas "Gallows Pole" e "That's the Way" belas canções tradicionais mais puxadas pro folk,  a belíssima "Tangerine" que alterna entre folk e country rock, "Bron-Y-Aur Stomp" com suas "palminhas" e um rimo mais calmo e "Celebration Day" com um Page infernal. As memoráveis faixas de blues, "Friends", "Since I've Been Loving You", "Out On The Tiles" e "Hats Off to (Roy) Harper" também fazem parte do disco.

Led Zeppelin IV - 1971
A banda havia tido um período de calmaria no ultimo álbum,  mas neste, voltou com tudo. Talvez este seja o disco onde o  Zepp se impôs, onde se consolidou a banda mais importante, não só da sua época. No dia 8 de novembro de 1971, é lançado um dos maiores discos do Rock And Roll, que oficialmente não tem título, mas geralmente é chamado de "Four Symbols”, "IV" ou “Runes Album”, enfim. Possui um pouco de folk, rock 'n' roll, blues e também sons psicodélicos.  "Black Dog" já a abre o disco "chutando o balde" com seu rock pesado, o nome desta, dado por causa de um cachorro preto que sempre entrava nos estúdios. Seguida de "Rock And Roll" com um solo de bastante pegada, um dos melhores do Jimmy.  Já "The Battle Of Evermore" é uma canção mística com bastante folk, onde Robert Plant é acompanhado pela cantora Sandy Danny. Inspirada em The Lord of The Rings, obra que Plant era bastante fã. A 4ª faixa do disco é um clássico absoluto, a música mais conhecida do Led: "Stairway To Heaven", já comentada aqui no blog. "Misty Mountain Hop" com seu ritmo inovador, tem seu título vindo da obra de Hobbit, de Tolkien. "Four Sticks" ganhou este nome por Bonzo ter utilizado quatro baquetas para gravar esta música. "Going to California" é a música mais calma do disco, com belos vocais, encerrando com o maravilhoso blues de "When The Levee Breaks".  Esse disco sem dúvidas marcou uma geração, se tornando uma espécie de baú dos maiores clássicos do rock.

Os demais discos serão comentados no próximo post.

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